Seg, 29 de fevereiro de 2016, 17:05

Levantamento realizado por alunos mapeia demandas na comunidade
Levantamento realizado por alunos mapeia demandas na comunidade
Ana Maria Braga Oliveira, chefe do Departamento de Fisioterapia
Ana Maria Braga Oliveira, chefe do Departamento de Fisioterapia
Camila Santos Souza, estudante do 3º ciclo de Fisioterapia
Camila Santos Souza, estudante do 3º ciclo de Fisioterapia
Professores do Departamento de Fisioterapia
Professores do Departamento de Fisioterapia
Oficina de Socialização e Planejamento das Práticas na Comunidade
Oficina de Socialização e Planejamento das Práticas na Comunidade


Alunos do Campus de Lagarto, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), realizaram um mapeamento de parte da área de cobertura do sistema público de saúde na cidade, buscando conhecer melhor as demandas na área de Fisioterapia. Os estudantes do Curso apresentaram os resultados em oficina ocorrida no último sábado, 27, no auditório do Colégio Polivalente.


Na Oficina de Socialização e Planejamento das Práticas na Comunidade, os estudantes compartilharam a cartografia de cinco microáreas das Unidades Básicas de Saúde Leandro Maciel e Davi Marcos. A apresentação teve a presença da agente comunitária de saúde Cláudia Rabelo Rita de Souza e foi acompanhada por professores do Departamento (foto ao lado: Ricardo Aguiar, Elizabeth Leite, Larissa Feitosa, Ana Maria Oliveira, Neidimila Oliveira e Guilherme Barbosa).


Segundo a chefe do Departamento de Fisioterapia, Ana Maria Braga de Oliveira, a cartografia é indispensável para a programação das atividades do curso. “Os dados obtidos com as cartografias possibilitam que conheçamos melhor o território em que estamos trabalhando. A partir do momento em que conhecemos as demandas da comunidade, podemos pensar em um planejamento em saúde mais eficaz”, defende a professora.


A estudante do 3º ciclo de Fisioterapia, Camila Santos Souza, diz que é essencial investir nessa etapa. “Com a cartografia, temos uma visão espacial da comunidade”, explana Camila. “Através dela vamos nortear as ações, que tanto podem ser a nível coletivo – você consegue ver, por exemplo, que em uma área possui maior concentração de hipertensos ou diabéticos -, como a nível pontual – já que você tem o número da casa, a rua da família que tem agravos”, ilustra a discente.


Como resultado da cartografia desenvolvida na comunidade, Camila Souza destaca uma realidade que foi recorrente nas apresentações de seus colegas. “Percebemos pessoas potenciais em reabilitação fisioterápica, como pacientes que sofreram AVE (Acidente Vascular Encefálico)”, exemplifica a estudante. “Verificamos também a falta de saneamento básico, onde podemos atuar alertando a comunidade para reivindicar, do poder público, providências a respeito”, pontua.


A chefe do Departamento de Fisioterapia chama a atenção para a situação observada pelos discentes. “Além de permitir o mapeamento e identificação do número de gestantes, idosos, crianças em determinada microárea”, relata Ana Maria, “na cartografia os alunos localizaram terrenos baldios e uma grande quantidade de lixo, que inclusive pode favorecer o acúmulo de água parada e a proliferação do mosquito Aedes aegypti”.


Após as apresentações das cartografias, foram criadas Equipes de Trabalho (ETs), formadas por estudantes de diversos ciclos do curso – no modelo pedagógico do Campus de Lagarto, cada ciclo corresponde a um ano letivo. As ETs visam à articulação das atividades desenvolvidas nos módulos de Práticas na Comunidade e em Habilidades e Atitudes em Fisioterapia. “Essa articulação é fundamental para que tenhamos um currículo integrado e para que possamos contribuir na melhoria das condições de saúde da população de Lagarto”, destaca Ana Maria Oliveira.


Marcilio Costa


Ascom UFS/Lagarto


comunica.lag@ufs.br



Atualizado em: Seg, 29 de fevereiro de 2016, 17:16
Notícias UFS