Ter, 04 de outubro de 2016, 11:40

Ambulatório Trans inicia atividades em Lagarto
É a primeira unidade de atendimento a usuários que demandem realização de Processo Transexualizador em Sergipe

Iniciaram nesta segunda-feira, 03, os atendimentos no Ambulatório Integral para as pessoas que buscam realizar Processo Transexualizador.Localizado no Galeria Comercial José Augusto Vieira,184, no Centro de Lagarto. Até o final da manhã de ontem, sete pessoas buscaram atendimento, sendo dois pacientes de Lagarto e cinco de Aracaju.

É o primeiro local em todo o estado sergipano com esta modalidade de serviço em nível ambulatorial. Para viabilizar o funcionamento da unidade,representantes do Ministério da Saúde visitaram a unidade nos dias 28 e 29 de setembro. A unidade teve o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Lagarto e Secretaria de Saúde de Sergipe.

Segundo o professor Rodrigo Dornellas, do Departamento de Fonoaudiologia da UFS de Lagarto e um dos coordenadores do Ambulatório, a princípio, os atendimentos serão quinzenais, às segundas e quartas-feiras. “Apesar do ambulatório ter nascido por uma demanda de pessoas trans, a gente vai ampliar esses atendimentos de acordo com a política de saúde LGBT. A gente quer atender outras populações LGBT, mas que não tenha demanda específica do Processo Transexualizador”, explicou.


Professores Manoel Luiz, Válter Joviniano e Rodrigo Dornelas
Professores Manoel Luiz, Válter Joviniano e Rodrigo Dornelas

Para receber os usuários, a equipe de profissionais é composta por psicólogos, fonoaudiológos, nutricionistas, endocrinologista, psiquiatra e assistente social. A composição segue os parâmetros definidos pela Portaria nº 2803, de 19 de novembro de 2013, do Ministério da Saúde. Esta norma redefine e amplia o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde.

Habilitação

De acordo com o Gerente de Atenção à Saúde do Hospital Universitário da UFS de Lagarto, professor Manoel Luiz de Cerqueira Neto, o ambulatório representa um serviço de excelência para quem busca atendimento, já que atende dentro de parâmetros clínicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.“Nossa endocrinologista, professora Evelyn de Oliveira, coordenadora do Departamento de Medicina, teve esta vivência de ambulatório no Rio de janeiro e o professor Rodrigo, do Departamento de Fonoaudiologia, tem um trabalho importante na questão da fonoaudiologia, mostrando muitas vezes que a mudança da voz não necessariamente tem que ser cirúrgico”.

Continuidade dos ambulatórios

Inicialmente realizado pela UFS, a continuidade do atendimento será realizada pela Ebserh, administradora do Hospital Universitário de Lagarto (HUL). Segundo o Superintendente da Ebserh do HUL, professor Valter Joviniano, “à medida que os concursos forem realizados, os profissionais vão integrar o corpo dos ambulatórios. A capacidade da oferta vai aumentar. Com a chegada de novos empregados ao Hospital, nós vamos ampliar o atendimento”, disse.


Atualizado em: Ter, 04 de outubro de 2016, 13:03