Sáb, 13 de maio de 2017, 13:56

Alunos do primeiro ciclo participam de oficina de avaliação de cena e de atendimento às vítimas de trauma
Atividade foi realizada no Centro de Vivência do Campus de Lagarto

Alunos do primeiro ciclo das graduações do Campus de Lagarto participaram neste sabado,13, da oficina ministrada pelo enfermeiro e professor da Faculdade Estácio de Aracaju, Lino Eduardo Farah, sobre avaliação de cena e atendimento às vítimas de traumas.

A atividade foi uma ação de extensão intitulada "Avaliação de Cena e mobilização de paciente traumatizado",coordenada pelas professoras Simone Otilia Cabral Neves e Simone Yuriko Kameo, do Departamento de Educação em Saúde.Os alunos receberam orientações em procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar, de ventilação e de utilização da escala de coma de Glasgow, usada para verificar o nível de consciência do paciente.


Centro de Vivência sediou a Ação da Extensão: "Avaliação de Cena e mobilização de paciente traumatizado", do Departamento de Educação em Saúde. (Foto: Ascom UFS Lagarto)
Centro de Vivência sediou a Ação da Extensão: "Avaliação de Cena e mobilização de paciente traumatizado", do Departamento de Educação em Saúde. (Foto: Ascom UFS Lagarto)

Método ABCDE na avaliação primária

Os estudantes assistiram à explanação sobre o modelo teórico de avaliação primária, a partir do método ABCDE, aplicado para sistematizar o atendimento aos pacientes vítimas de trauma.

De acordo com o professor Lino Farah, o “A” significa a abertura das vias aéreas e é um momento em que se deve evitar riscos de lesão cervical. O “B” é breething, a respiração, momento em que se fornece oxigênio ao paciente, na maneira conforme cada caso exigir.O “C” é de circulação. “Vou observar presença de hemorragias, algo que eu preciso conter, a hipovulemia (a perda desse sangue em grande quantidade)”, explica o professor Lino.

O “D” é de disability, a avaliação neurológica, em que usada a escala de coma de Glasgow.O “E” é de exposição e significa a avaliação de tudo o que está fora do contexto do trauma ou da incidência clínica. O professor Lino exemplifica: “às vezes, o trauma da pessoa é na cabeça, mas ele tem uma fratura na perna. O “E” me ajuda a olhar isso, rever tudo o que está acontecendo”.

"Todos somos técnicos em saúde. As pessoas olham pra gente e esperam da gente resolutividade. Saber que está na mão de um profissional a chance de um paciente ter sobrevida ou não é muita responsabilidade", disse. Na avaliação do professor, a sociedade vai cobrar indepente de ser aluno ou não ser.

"Então é melhor que você tenha pelo menos um mínimo de bagagem, já comece ambientalizar para você estar preparado para um momento de sinistro. Até porque temos o desejo inato de fazer aquilo", ressaltou e enfatizou a importância do conhecimento mesmo que o futuro profissional não venha a trabalhar com urgência e emergência.


Natural de São Paulo/SP, o enfermeiro e professor da Faculdade Estácio, de Aracaju, Linho Eduardo Farah, 38. "Todos somos técnicos em saúde. As pessoas olham pra gente e esperam da gente resolutividade. Saber que está na mão de um profissional a chance de um paciente ter sobrevida ou não é muita responsabilidade". (Foto: Ascom UFS Lagarto)
Natural de São Paulo/SP, o enfermeiro e professor da Faculdade Estácio, de Aracaju, Linho Eduardo Farah, 38. "Todos somos técnicos em saúde. As pessoas olham pra gente e esperam da gente resolutividade. Saber que está na mão de um profissional a chance de um paciente ter sobrevida ou não é muita responsabilidade". (Foto: Ascom UFS Lagarto)

Oficina

Na oficina prática, alguns alunos exercitaram o reconhecimento da parada cardiorrespiratória e realizaram simulações de intervenção com um e dois socorristas em bonecos de tamanho adulto e de criança. Os Alunos observaram a demonstração de como colocar o colar cervical e de executar o rolamento do corpo da vítima em ângulos de 45 e 90 graus até a correta colocação na prancha.


Momento de prática em que o professor treina com os estudantes a remoção da paciente colocada na prancha, na cena interpretada pela estudante Rafaela de Siqueira Oliveira. De acordo com a aluna: "você sente mesmo o peso do corpo. Você sente a pressão, a força que eles tem que fazer pra ajudar". (Foto: colaboração da professora Simone Kameo)
Momento de prática em que o professor treina com os estudantes a remoção da paciente colocada na prancha, na cena interpretada pela estudante Rafaela de Siqueira Oliveira. De acordo com a aluna: "você sente mesmo o peso do corpo. Você sente a pressão, a força que eles tem que fazer pra ajudar". (Foto: colaboração da professora Simone Kameo)

"Bem realista"

"Achei bem realista mesmo.Tipo a colocação como eles fizeram. O tempo inteiro, ele (professor Lino Farah) pedindo que eu não ajudasse. Você sente mesmo o peso do corpo. Você sente a pressão,a força que eles tem que fazer pra ajudar", revelou a estudante do primeiro ciclo de nutrição, Rafaela de Siqueira Oliveira, 18.

Rafaela disse que a oficina ajudou a sentir-se mais capacitada de ajudar qualquer pessoa em qualquer situação em que apareça, mesmo em ocasiões que não seja o responsável. "Acho que vai ajudar profissionalmente e, principalmente, no pessoal", declarou.


Atualizado em: Seg, 15 de maio de 2017, 11:31
Notícias UFS