Qua, 18 de dezembro de 2013, 09:18

Banca de doutorado tem participação por telepresença
Banca de doutorado tem participação por telepresença
Banca reunida com participação de membro por telepresença
Banca reunida com participação de membro por telepresença
Paulo Martins (esq.), e sua banca (na tela, Arnaldo Caldas)
Paulo Martins (esq.), e sua banca (na tela, Arnaldo Caldas)


A banca formada para a defesa da tese de doutorado do professor Paulo Martins, na manhã de ontem (17), apresentou um novo momento para a Universidade Federal de Sergipe (UFS). Além de docentes da Instituição, um pesquisador de Recife (Pernambuco) integrou a banca através da telepresença. Essa participação foi possível graças à tecnologia disponibilizada pelo Núcleo de Desenvolvimento de Telemedicina, resultado da parceria entre a UFS e a Cisco Systems - empresa norte-americana que cedeu o equipamento, em uso pela primeira vez no Brasil.


Paulo defendia sua tese na sala de pós-graduação da UFS, no Hospital Universitário, em Aracaju. Enquanto isso, a tecnologia disponibilizada pela Cisco permitiu que o professor Arnaldo Caldas participasse ativamente da apresentação, interagindo com os colegas, mesmo estando em Recife, em sua casa, usando o computador pessoal.


Arnaldo aprovou a iniciativa. “A experiência é fantástica, eu fico muito lisonjeado por ter participado da primeira banca à distância da Universidade Federal de Sergipe”, comemorou o professor. “Essa é uma realidade no mundo inteiro, mas aqui no Brasil a gente ainda está engatinhando; então, a UFS deu um grande passo”, completa Arnaldo.


O estreante da banca por telepresença, Paulo Martins, já projeta outros benefícios que a iniciativa pode permitir. “Esse tipo de tecnologia instalado aqui vai ser fundamental para a evolução dos núcleos de pós-graduação e até da graduação como um todo, porque diminui as distâncias entre as pessoas e permite que pesquisadores renomados do Brasil e fora dele possam participar, junto à universidade, de momentos importantes como esse”, defende Paulo.


Assim como Paulo, seu orientador no doutorado, Luís Carlos Ferreira, comemora poder contar com outros pesquisadores em atividades da UFS. “Tivemos a oportunidade de ter a presença e um professor de uma universidade de Pernambuco, de uma capacidade com reconhecimento internacional. A interação foi tão forte, que foi como se ele tivesse presente aqui em sala de aula, e pôde interagir em todos os momentos.", festeja Luís Carlos. “Isso permite que a gente possa avançar, não só em defesa de tese, mas em aulas, em troca de conhecimento, para o progresso da ciência”, conclui.



A telepresença para o ensino e a pesquisa



A coordenadora do Núcleo de Pós-Graduação em Medicina (NPGME), Amélia Ribeiro de Jesus, vislumbra muitas iniciativas que podem acontecer através da telepresença. “A participação de pesquisadores de fora do Estado e até do Brasil agora é possível com menos custos, além de exigir menos gasto de tempo com deslocamento dessas pessoas”, explica a coordenadora. “Tanto na integração de bancas como em palestras e conferências, a participação de referências de outros locais valoriza a pós-graduação da UFS”, completa.


Amélia prevê que em breve a telemedicina estará cumprindo seu principal objetivo, que é o de permitir o auxílio de especialistas da UFS aos atendimentos no Programa Saúde da Família no interior do Estado - foram instalados equipamentos semelhantes em hospitais de Lagarto e Tobias Barreto. “Afinal”, afirma, “foi esta missão que motivou a iniciativa, através da parceria UFS/Cisco”.


O Núcleo disponibiliza, atualmente, uma sala para as teleconferências. No entanto, Amélia defende a necessidade de se construir um auditório mais amplo e preparado para melhor uso da tecnologia. “Enquanto isso, uma melhoria provisória que buscamos é a ampliação da sala atual, anexando, quando necessário, duas salas vizinhas”, defende.



A primeira banca por telepresença



Comemorando a aprovação de sua tese e a estreia da banca por telepresença, Paulo Martins defendeu o trabalho “Transplante renal e risco de câncer de cabeça e pescoço: revisão sistemática e meta-análise”. O objetivo era de calcular o risco que pacientes submetidos a transplante de rim têm de apresentar a doença nessa região anatômica.


Paulo é professor do Departamento de Educação em Saúde, da Universidade Federal de Sergipe, campus de Lagarto.



Notícias UFS