Alunos do primeiro ciclo das graduações do Campus de Lagarto participaram neste sabado,13, da oficina ministrada pelo enfermeiro e professor da Faculdade Estácio de Aracaju, Lino Eduardo Farah, sobre avaliação de cena e atendimento às vítimas de traumas.
A atividade foi uma ação de extensão intitulada "Avaliação de Cena e mobilização de paciente traumatizado",coordenada pelas professoras Simone Otilia Cabral Neves e Simone Yuriko Kameo, do Departamento de Educação em Saúde.Os alunos receberam orientações em procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar, de ventilação e de utilização da escala de coma de Glasgow, usada para verificar o nível de consciência do paciente.
Método ABCDE na avaliação primária
Os estudantes assistiram à explanação sobre o modelo teórico de avaliação primária, a partir do método ABCDE, aplicado para sistematizar o atendimento aos pacientes vítimas de trauma.
De acordo com o professor Lino Farah, o “A” significa a abertura das vias aéreas e é um momento em que se deve evitar riscos de lesão cervical. O “B” é breething, a respiração, momento em que se fornece oxigênio ao paciente, na maneira conforme cada caso exigir.O “C” é de circulação. “Vou observar presença de hemorragias, algo que eu preciso conter, a hipovulemia (a perda desse sangue em grande quantidade)”, explica o professor Lino.
O “D” é de disability, a avaliação neurológica, em que usada a escala de coma de Glasgow.O “E” é de exposição e significa a avaliação de tudo o que está fora do contexto do trauma ou da incidência clínica. O professor Lino exemplifica: “às vezes, o trauma da pessoa é na cabeça, mas ele tem uma fratura na perna. O “E” me ajuda a olhar isso, rever tudo o que está acontecendo”.
"Todos somos técnicos em saúde. As pessoas olham pra gente e esperam da gente resolutividade. Saber que está na mão de um profissional a chance de um paciente ter sobrevida ou não é muita responsabilidade", disse. Na avaliação do professor, a sociedade vai cobrar indepente de ser aluno ou não ser.
"Então é melhor que você tenha pelo menos um mínimo de bagagem, já comece ambientalizar para você estar preparado para um momento de sinistro. Até porque temos o desejo inato de fazer aquilo", ressaltou e enfatizou a importância do conhecimento mesmo que o futuro profissional não venha a trabalhar com urgência e emergência.
Oficina
Na oficina prática, alguns alunos exercitaram o reconhecimento da parada cardiorrespiratória e realizaram simulações de intervenção com um e dois socorristas em bonecos de tamanho adulto e de criança. Os Alunos observaram a demonstração de como colocar o colar cervical e de executar o rolamento do corpo da vítima em ângulos de 45 e 90 graus até a correta colocação na prancha.
"Bem realista"
"Achei bem realista mesmo.Tipo a colocação como eles fizeram. O tempo inteiro, ele (professor Lino Farah) pedindo que eu não ajudasse. Você sente mesmo o peso do corpo. Você sente a pressão,a força que eles tem que fazer pra ajudar", revelou a estudante do primeiro ciclo de nutrição, Rafaela de Siqueira Oliveira, 18.
Rafaela disse que a oficina ajudou a sentir-se mais capacitada de ajudar qualquer pessoa em qualquer situação em que apareça, mesmo em ocasiões que não seja o responsável. "Acho que vai ajudar profissionalmente e, principalmente, no pessoal", declarou.