Fazer com que o aluno com deficiência seja cada mais acolhido no campus e despertar a sensibilização sobre o tema com os alunos não-deficientes. Foi pensando nisso que os dois eventos pedagógicos foram realizados de forma simultânea no campus (Semana de Acolhimento e Fórum de Formação Docente) nesta semana.
A Semana de Acolhimento, voltada para a recepção dos alunos calouros, segue até a próxima sexta-feira (26), com palestra sobre os desafios e possibilidades pedagógicas relacionados à inclusão de pessoas com deficiência, além de apresentação dos setores do campus, como Assistência Estudantil e Biblioteca, com a presença do pró-reitor de Graduação, Dilton Maynard, na cerimônia, apresentou também as características do campus, como as metodologias ativas e os tutoriais, com participação dos alunos veteranos.
Já o Fórum de Formação Docente, que recebeu além dos professores, representantes dos discentes e comunidade externa, abordou a necessidade da preparação do profissional de Educação na equidade e estímulo ao aprendizado de pessoas com deficiência.
O evento contou com a presença da vice-reitora da UFS, professora Iara Campelo. “Eu acho muito importante o que está sendo feito aqui, pois percebemos que já existe uma grande mudança. Antes, o jovem com deficiência não entrava na universidade. Hoje, já é feito um trabalho institucional nesse sentido, no ensino, na pesquisa e na extensão. Porque a Universidade precisa assegurar o direito desse jovem”, observa. A professora Iara trabalha com questões relacionadas à inclusão desde 1975.
Um desses estudantes é o jovem Sérgio Barreto. Cadeirante, o calouro de Farmácia vai iniciar as aulas na próxima semana. Eu decidi fazer um curso superior porque queria provar para mim mesmo que também tenho capacidade como qualquer outra pessoa. Estava muito em dúvida entre Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, mas percebi que Farmácia vai me dar mais possibilidades de atuação no meu caso específico”, pontua o jovem de 27 anos.
A recepção acolheu não apenas os alunos com deficiência, mas todos os novos estudantes (e também alguns veteranos dos diversos cursos do campus), que além de Sergipe, reúnem jovens de vários lugares do Brasil. É o caso de Carlene Duarte, do Pará. Natural de Santarém, a estudante foi aprovada no estado vizinho, o Amapá, mas optou pelo campus Lagarto por causa das metodologias ativas. “Antes de decidir, eu pesquisei a respeito, achei super legal e quis ter essa experiência”, observa.
Os dois eventos, organizados pela Divisão Pedagógica, contaram com a presença da diretora-geral do campus, Adriana Carvalho, e do diretor acadêmico pedagógico, Frederico Leão Pinheiro, e com apresentação do Grupo TALT (Técnica Aplicada Lavínia Teixeira).