Sex, 02 de julho de 2021, 11:31

Internação por Covid pode induzir perda de massa magra e enfraquecimento muscular
Estudo é realizado internacionalmente

O sofrimento trazido pela internação por Covid-19. Em muitos casos, é preciso lidar com a reabilitação e as sequelas (decorrentes da própria doença ou da internação, como a falta de atividade durante o tempo na UTI. Uma delas é a sarcopenia aguda, a perda de massa magra, que reduz a massa muscular e afeta a qualidade de vida de jovens, adultos e idosos. Pessoas cada vez mais jovens têm sido acometidas no pós-Covid. Para entender como está o andamento das pesquisas sobre esses sintomas, os docentes Erika Ramos e Miburge Júnior, do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde do campus Lagarto, trabalham em parceria com representantes da Florida International University, nos Estados Unidos , e do Advanced Physical Therapy Courses, em Madri, na Espanha.

Esses danos podem ser severos e acompanhar os recuperados da Covid por um tempo. "O estado de insuficiência grave do tecido muscular promove marcante dor e fadiga generalizada, como resposta a redução significativa da massa magra em mais de 40%, diminuição de força entre 45 e 60%, perda de resistência muscular em pelo menor 40% e atraso na coordenação motora para atividades simples como sentar, levantar e caminhar", avalia o professor Miburge.

Outro dano causado pela sarcopenia aguda é o enfraquecimento dos músculoa ligados ao sistema respiratório, o que provoca uma sensação de perda de fôlego no indivíduo com síndrome de pós-covid. "Mais especificamente, devemos entender que os músculos funcionam como uma bomba motriz controlando a velocidade do fluxo sanguíneo, produzindo calor corporal, gerando energia para o corpo através da quebra do ATP, atuando em funções metabólicas hormonais, além das ações de locomoção e controle respiratório, pois, sem os músculos diafragma, intercostais e acessórios não existiria uma respiração espontânea", observa.

Para a reabilitação, é necessário procurar uma equipe multidisciplinar, com médicos e fisioterapeutas especializados, nos sistemas público ou privado. O trabalho conjunto é assinado pelos pesquisadores Érika Ramos, Miburge Júnior (docentes do PPGCAS), Renata Messias (discente do PPGCAS), Edgar Ramos (Universidade Internacional da Flórida), Javier Muñoz (Instituto de Pesquisa Avançada em Fisioterapia de Madri) e Luciana Vilas Boas, médica nutróloga. Ana Laura Farias Campus Lagarto.

Ana Laura Farias

Campus Lagarto


Atualizado em: Sex, 02 de julho de 2021, 12:09
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