O campus Lagarto consegue manter o interesse dos discentes na educação interprofissional ao longo do curso. É isso que afirma o estudo “Disponibilidade para educação interprofissional em cursos orientados por métodos ativos de ensino-aprendizagem”, realizado pelo professor Guilherme Rodrigues Barbosa, do Departamento de Fisioterapia do campus Lagarto, Ricardo Sampaio, do Departamento de Educação Física e Simone Appenzeller, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicado na Revista Brasileira de Educação Médica.
O resultado encontrado pelo professor vai na contramão do que costuma ocorrer nacionalmente. Dois possíveis motivos para o sucesso na adesão dos discentes são o primeiro ciclo, quando os oito cursos do campus iniciam as aulas juntos durante um ano e a utilização das metodologias ativas desde o início das atividades do campus, em 2011. "O estudo sinaliza a importância da continuidade da aprendizagem compartilhada entre os cursos no primeiro ciclo, e também a garantia de iniciativas de educação interprofissional ao longo da graduação", avalia o docente.
A educação interprofissional traz ganhos para a futura vida laboral desses discentes. “Há muitas evidências na literatura de que a educação profissional é potente para a formação de competências colaborativas, relacionadas à maior e melhor integração entre os cursos. Existem muitos dados que revelam que, em última instância, colabora para o melhor cuidado para os pacientes”, observa.
O docente explica que existem diferenças entre interdisciplinaridade e interprofissionalidade. “Existe uma certa confusão de conceitos, na teoria e na prática, entre esses dois termos. O conceito da interdisciplinaridade é a integração entre disciplinas de diversas áreas de conhecimento, o que não requer, necessariamente, uma integração entre diferentes profissões, é possível ocorrer com especialidades diferentes de uma mesma profissão, por exemplo. Enquanto isso, a interprofissionalidade precisa envolver, necessariamente, duas ou mais profissões diferentes, produzindo uma prática colaborativa”, conclui.
Ana Laura Farias
Campus Lagarto