As fissuras labiopalatinas, conhecidas popularmente como lábio leporino, podem afetar severamente a qualidade de vida das crianças, adolescentes e adultos, caso não haja uma assistência adequada à saúde. Para discutir essa assistência, o Projeto Craniofacial (Cranio|Cleft), coordenado pela professora Natália Leite, do Departamento de Fonoaudiologia, realizou a I Semana de Atenção às Fissuras Labiopalatinas e Anomalias Relacionadas entre os dias 20 e 24 de setembro.
O encontro reuniu mais de 500 estudantes e profissionais de saúde, pacientes e pais. As palestras abordaram temáticas que englobaram a assistência mínima necessária à reabilitação dos pacientes e contou com uma mesa redonda sobre anomalias craniofaciais associadas à fissura.
O processo de reabilitação das fissuras labiopalatinas requer uma equipe mínima composta por médico (cirurgião plástico), cirurgião-dentista e fonoaudiólogo. ""O que os centros especializados preconizam é que as cirurgias primárias de lábio e palato sejam realizadas, respectivamente, aos 3 meses e aos 12 meses de idade. Mesmo nos casos em que estas cirurgias ocorram tardiamente ou não apresentem o resultado esperado, contar com uma equipe que esteja preparada para lidar com tal situação é necessário para possibilitar novos planejamentos e condutas terapêuticas mais adequadas na tentativa de proporcionar melhora para a qualidade de vida destes indivíduos", observa a docente.
Ana Laura Farias
Campus Lagarto