A utilização da Língua Brasileira de Sinais é uma estratégia importante para a comunicação entre surdos e também entre surdos e ouvintes. Porém, mesmo sem ter o domínio completo da língua, é possível aprender palavras básicas e, com isso, facilitar a comunicação. Pensando nisso, o Grupo de Estudos em Pesquisa em Acessibilidade, Corpo e Cultura promoveu oficina, com o jogo Librário, desenvolvido na Escola de Design da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). A oficina foi voltada para discentes, docentes e técnicos da UFS, na manhã desta quinta-feira (26).
O evento contou com a criadora do Librário, a designer Flávia Oliveira e a orientadora, professora Nadja Mourão, da UEMG. A ferramenta foi desenvolvida em 2014, durante a graduação de Flávia em Artes Visuais na Universidade Estadual de Minas Gerais, com o recebimento de bolsa de pesquisa. O Librário conta com uma versão de vocabulário geral, mas é também possível personalizar para nichos, como já ocorreu com Educação e indústria automobilística.
“Eu não tinha ninguém da família ou contato próximo, até então, com alguma pessoa que fosse surdo. Porém, sempre tive em mim a vontade de fazer algo pelo social, ajudar alguma luta. Foi assim que percebi a necessidade dessas pessoas. Nesse período, o projeto passou por muitas mudanças, decorrentes do diálogo constante com a comunidade surda”, pontua Flávia.
A parceria entre a professora Scheila Paiva e a equipe do Librário acontece desde 2018. O jogo é, inclusive, utilizado durante as aulas de suas disciplinas no curso de Fonoaudiologia. “Nossa utilização atualmente é feita voltada para os atendimentos de futuros fonoaudiólogos, mas vamos ficar com um kit Librário disponível para toda a comunidade utilizar para interagir ou aprender dentro do ambiente da Bilag”, pontua.
Ana Laura Farias
Campus Lagarto