A pesquisadora e docente Clarissa Gurgel, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Universidade Federal da Bahia (UFBA) participou de evento da Liga Acadêmica de Estomatologia e Patologia Orofacial (LAEPO), na última sexta-feira (6), no campus Lagarto, com a palestra “Quando a máquina aprende e as células revelam: modelagem, inteligência artificial e esferoides tumorais para a busca de fármacos contra o câncer”.
O evento contou com a presença de discentes de Odontologia de dois campi da UFS: Aracaju e Lagarto. A LAEPO é formada por 25 integrantes e coordenada pela professora Virgínia Kelma. “É muito significante ter uma pesquisadora desse nível, com participação em diversos centros de pesquisa do mundo, fazendo uma palestra num campus de saúde do interior. É também a oportunidade de atualizar os alunos da graduação”, avalia a docente.
A pesquisadora Clarissa Gurgel explica que o momento é propício para estudos envolvendo a inteligência artificial. "São inúmeros desafios, mas, ao mesmo tempo, nós também nos beneficiamos do momento, pois existem vários grupos pesquisando no mundo inteiro. O câncer é sempre estudado em todos os lugares, isso nos possibilita o compartilhamento de informações e a adoção de medidas adequadas a contextos específicos, como a saúde pública no Brasil”, observa.
A docente ressalta que o Brasil ainda vivencia um problema de diagnóstico tardio, em diversos tipos de câncer. “A inteligência artificial pode ser uma grande parceira nesse sentido, pois pode ajudar no monitoramento desses casos, especialmente em grupo de risco, como mulheres com histórico familiar de câncer de mama”, comenta.
A professora Ludmila Valverde, do Departamento de Odontologia do campus Lagarto e também integrante da LAEPO, foi orientanda da professora Clarissa na Universidade Federal da Bahia da iniciação científica ao pós-doc e mantém o vínculo com a Fiocruz, em grupo de pesquisa liderado pela professora Clarissa. “É uma oportunidade de fazer com que os alunos da graduação tenham contato com outras possibilidades de pesquisa, pensando no extramuro da Universidade”, pontua.
Foi pensando nesse contato entre discentes e pesquisadores que o evento foi elaborado. “Acho que posso dizer tranquilamente que foi um marco importante na minha carreira. Ter esse contato com alunos, ver a alegria deles, os olhos brilhando e percebendo que é sim possível ver uma mulher, mãe e nordestina fazendo pesquisas avançadas aqui mesmo na nossa região foi bastante gratificante”, avalia a pesquisadora da Fiocruz.
Ana Laura Farias
Campus Lagarto