O Departamento de Terapia Ocupacional do campus Lagarto participou da Primavera dos Museus, evento nacional que, em 2024, teve como tema “Museus, Acessibilidade e Inclusão”. A equipe coordenada pela professora Tais Bracher foi responsável pela capacitação de funcionários do Museu da Gente Sergipana, adequação das exposições e obras, roteiro e acompanhamento de visitas e mediação na mesa de encerramento.

A professora Tais Bracher explica que as crianças, de 3 a 12 anos, foram divididas pelo grau de suporte. “Nós temos aqui a sala de regulação, pensada e criada pontualmente parao suporte das crianças durante essa visita, caso não conseguissem particular ou se desregulassem - e a sala foi utilizada. Participar desse evento foi fundamental porque o lazer é uma ocupação e é com isso que a nossa área trabalha”, observa a docente, que classifica o museu como “lúdico, colorido e interativo”.

O convite para o evento partiu da odontóloga Sandra Guerra, que atende pacientes com TEA na rede municipal de saúde de Aracaju e realiza um projeto voluntário, em parceria com o Instituto Banese. A camareira Gabriele Brito aproveitou para levar o filho Arthur, de cinco anos. “É a minha primeira vez aqui no Museu. Eu tinha vontade, mas sempre fico com medo de como vai ser a experiência para ele”, avalia.

O supervisor do museu, Carlos Viana, acredita que a participação da Terapia Ocupacional foi fundamental para o sucesso da experiência. “A gente já tinha tido experiências individuais, mas receber um grupo de crianças com TEA foi inédito aqui. E ter uma profissional da área orientando e nos capacitando foi muito importante. É além de tudo, muito gratificante, pois sabemos que a cultura é para todos”, explica.

Uma dessas funcionárias orientadas foi Larissa Maia, licenciada em Artes Visuais e uma das responsáveis pelo livro ilustrado Culturas da Gente, feito especialmente para a ocasião. “Foi uma forma de fazer com que as crianças pudessem levar um pouco do museu para casa. E ter o diálogo com a Terapia Ocupacional foi importante demais na capacitação. Eu, por exemplo, já tive experiências anteriores e pensava muito na inclusão na parte da arte, mas nunca tinha parado para refletir sobre os estímulos ocasionados por outros elementos, como som e iluminação”, ponderou. O evento foi encerrado na última sexta-feira (30/09).

Ana Laura Farias

Campus Lagarto