A Divisão de Ações Inclusivas promoveu o evento "A Minha Deficiência não Define Minha Competência", na Vivência do campus Lagarto, na manhã desta segunda-feira (11), com apresentação cultural do grupo TALT e roda de conversa com discentes e egressos da UFS.
O diretor do campus Lagarto, professor Makson Oliveira, destacou que o evento está em sintonia com a preocupação e discussões sobre acessibilidade e inclusão no campus Lagarto. "Nosso espaço está sempre aberto para o diálogo e atento para a necessidade de discutir e estarmos atualizados sobre o assunto", avalia.
O vice-diretor, professor Luís Felipe Souza, reforçou a necessidade da escuta e do diálogo. "A gente aprende muito quando escuta, quando compartilha o espaço e se preocupa verdadeiramente com acessibilidade", avalia.
A coordenadora da Dain, professora Lavínia Teixeira, que é também docente do Departamento de Educação em Saúde do campus Lagarto, comentou as diversas possibilidades que podem ser vivenciadas pelas pessoas com deficiência. "Escolhemos esse tema para lembrar que a competência de alguém não é determinada pela presença ou ausência de uma deficiência. Então, o principal não é se um aluno tem ou não deficiência, mas as oportunidades que esse discente encontra", observa. Os discentes e egressos eram de áreas como Jornalismo, Pedagogia, Direito e Enfermagem, dentre outras.
Egressa do curso de Enfermagem do campus Lagarto e mestranda do PPGCAS, Thaiane Santos recebeu o diagnostico de autismo durante a graduação. "Ao longo do curso, fui despertando interesse pela área de pesquisa, fui monitora e segui nessa área. O mestrado tem sido uma boa experiência e eu acho que já ter vindo de uma graduação com metodologias ativas me ajuda bastante", explica.
Integrante do projeto TALT, o discente Anthonyel Leão, do curso de Enfermagem, disse que a convivência com uma pessoa com deficiência o fez despertar para o assunto. "A irmã de um amigo tinha paralisia cerebral. Alguns anos depois, faleceu, ainda muito jovem. E ver o dia a dia dela e as questões que vivenciou me fez repensar algumas coisas e pensar nisso também profissionalmente. E participar do TALT tem sido muito importante para mim pois consigo ver o impacto e a mudança na vida das pessoas. É gratificante ver que através da dança, as pessoas podem fazer coisas como se sentar ou voltar a se levantarem sozinhas", explica. O objetivo da organização é que o evento seja realizado em todos os campi.
Ana Laura Farias
Campus Lagarto