Além de gerar problemas de ordem afetiva e atrapalhar a sociabilidade, o ronco pode ser um sinal de alerta, especialmente se acompanhada de apneia do sono, uma breve interrupção da respiração enquanto a pessoa dorme. As duas condições são tratadas no projeto Dormindo Bem, no Ambulatório do Sono da Clínica Escola de Fonoaudiologia do campus Lagarto, da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
A coordenadora do projeto, professora Gerlane Nascimento, indica que o ronco pode ser acompanhado de apneia do sono ou não, e neste último caso, o tratamento é mais rápido. O protocolo adotado no Ambulatório envolve exercícios para fortalecimento dos músculos da orofaringe (região da garganta). A duração mínima é de oito semanas, que pode ser ampliada de acordo com a gravidade do caso.

Após esse período, o paciente recebe “alta assistida” e não precisa mais frequentar o Ambulatório, mas permanece acompanhado remotamente pela equipe, ou segue para retratamento pelo mesmo número de semanas. "É importante estar alerta, pois a apneia do sono, se não tratada, pode provocar efeitos mesmo na pessoa acordada, como oscilação de humor, irritabilidade, memória afetada ou dificuldade de fazer operações matemáticas simples, por exemplo. Também aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e metabólicas", alerta Nascimento.
A professora aposentada Joselene Moura já fazia acompanhamento com neurologista e conhecia os serviços da Clínica Escola de Fonoaudiologia do campus Lagarto. "Depois que comecei a ser acompanhada no Ambulatório, minha qualidade de vida aumentou uns 90%. Eu agora quase não ronco mais e consigo realmente descansar numa noite de sono", avalia.
Os interessados em participar podem entrar em contato diretamente pelo WhatsApp (79) 9897-3246. Os atendimentos são realizados às quintas à tarde.
Ana Laura Farias
Campus Lagarto