Qui, 03 de julho de 2025, 13:25

Evento discute inclusão e saúde da população LGBTQIAPN+
Ações foram realizadas entre 2 e 30 de junho

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ foi comemorado no último dia 28. Para celebrar a data, foi realizada, no campus Lagarto, a '1ª Parada LGBTQIAPN+ na Biblioteca: Literatura e Pesquisa sobre Saúde e Diversidade', entre os dias 2 e 30 de junho. A programação incluiu rodas de conversa, karaokê, curadoria literária e exposição.

O encontro foi organizado pela chefe da Biblioteca de Lagarto (Bilag), Bárbara Barcellos, em dois campi: Lagarto e São Cristóvão, em parceria com discentes do Departamento de Ciência da Informação. Nos dois espaços, o evento contou com a participação do professor Makson Oliveira, diretor do campus Lagarto e integrante da população LGBTQIAPN+.


Roda de discussão na entrada da Bilag. (Foto: arquivo pessoal)
Roda de discussão na entrada da Bilag. (Foto: arquivo pessoal)

O docente considera que a realização do evento, que deve entrar de forma fixa no calendário anual do campus, é um marco na Universidade e reflete o papel institucional da Educação Pública. “Enquanto diretor do campus e também enquanto pessoa que faz parte da população LGBTQIAPN+ e entende, no cotidiano e na minha própria pele as questões levantadas, fico muito satisfeito de termos esse momento. A inclusão é um dever da universidade e a abertura para esse tipo de discussão mostra como a UFS está inserida na sociedade e aberta ao diálogo”, pontua.

Reforçando o tripé ensino-pesquisa-extensão, a chefe da Bilag, Bárbara Barcellos, explica que um dos objetivos é fomentar a pesquisa científica na temática. “É uma temática com muito potencial de estudos. Ainda mais num campus de saúde. Há muitas abordagens. Nosso objetivo foi chamar atenção para o assunto. Além do acolhimento, acredito que é sempre necessário reunir encaminhamentos e trabalhar de formas propositiva. O objetivo é levar para a gestão da universidade algumas questões levantadas no evento, como a discussão sobre uso do banheiro por pessoas trans. Outro aspecto que pretendo sugerir é a necessidade de aquisição de livros voltados para a comunidade LGBTQIAPN+. Sempre no objetivo de promover a plena inclusão dentro do ambiente universitário”, avalia.

Membro da comissão organizadora e integrante da população LGBTQIAPN+, o bibliotecário Everton Pereira diz que o evento superou as expectativas. “É um assunto que me toca enquanto servidor e enquanto pessoa, pois o trabalho faz parte da nossa identidade. Buscamos ouvir, trazer esse acolhimento, e foi interessante ouvir os relatos e perceber que, cada vez mais as universidades devem ser espaços não apenas de acesso, mas também de permanência, sobretudo das pessoas trans”, pontua.

Ana Laura Farias
Campus Lagarto


Atualizado em: Qui, 03 de julho de 2025, 16:01