Qua, 05 de abril de 2017, 21:04

Projeto de Educação em Saúde realiza peça teatral em Escola de Lagarto
Projeto visa explicar de forma lúdica as doenças parasitárias para as crianças

O projeto de extensão Educação em saúde e arte do teatro: ludicidade na educação básica realizou peça teatral na Escola Municipal Suécia, ao lado do campus de Lagarto, nesta terça-feira, à tarde, 18/10.

Na dramatização, os irmãos Lucas e Bia são crianças com boas noções de higiene, obediente à mãe, dona Judite e sempre lavam as mãos. Já Rita e Wesley, amigos de Lucas e Bia, não gostam de lavar as mãos e um dia ficam doentes.

O médico doutor Luiz aparece. Ele se disfarça de detetive para encontrar os parasitas giardia, schistossoma, ancylostoma (amarelão), lombriga e ameba. Um dia, doutor Luiz vai ao hospital e vê Rita e Wesley doentes.

O projeto de Extensão tem a orientação da professora Daniela Raguer e participação das professoras Magna Galvão e Gabrielle Manzoli, todas do Departamento de Educação em Saúde, do campus Lagarto.

Explicação lúdica

De acordo com a professora Gabrielle Manzoli, que participa do projeto, o público infanto-juvenil é o mais suscetível às doenças parasitárias, necessitando de explicação de forma lúdica. “A gente selecionou preparar uma peça teatral que fosse em uma linguagem adequada para diferentes faixas etárias, incluindo do fundamental I para o fundamental II”, comenta.

Explica a professora Gabrielle que a esquistossomose é uma realidade muito dura aqui na região. A doença é endêmica e contrai-se a doença ao tomar banho em rios contaminados com o parasita. O vetor invertebrado desse parasita é o caramujo.

Segundo a docente, o objetivo é expandir o projeto e apresentar em outras escolas do município de Lagarto. “A gente selecionou uma escola que fosse próxima da UFS e que representasse a zona urbana. A gente selecionou uma outra escola, que é do povoado Tanque, pra gente fazer uma ação na área rural”.

A professora Gabrielle ressaltou a participação dos alunos. “Eles foram os criadores da peça e foram os criadores dos jogos. Eles ficaram atentos para essa questão da realidade da região”. A docente explica que o Projeto permite sair do ambiente universitário e parte para comunidade.

Alunos

Interpretando doutor Luiz, o aluno do 2º ciclo de Fisioterapia, Gabriel Pereira, frisou a motivação pessoal de participar do projeto de Extensão. “Fui uma criança criada nessa comunidade Eu tive vontade criar um projeto assim para que eu pudesse deixar uma mensagem para as crianças assim como eu, não tiveram estas noções básicas de saúde”, revelou.

Já o estudante de medicina do 2º ciclo, Fábio Prado, avalia a arte como uma nova proposta de levar a saúde para as crianças. “Esse período da primeira infãncia, 5 a 7 anos, até os 10 anos, em que a gente vai colocando as primeiras noções de higiene e autocuidado”. Segundo Fábio, a criança é meio de educação, pois vai passar a informação pro amiguinho que não estava na peça e vai chegar em casa e perguntar pra mãe por que não está lavando a mão.


Atualizado em: Qua, 05 de abril de 2017, 21:04
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