Seg, 13 de março de 2017, 09:33

Professores do Campus de Lagarto participam do Programa de Desenvolvimento Docente FAIMER – Brasil
O objetivo é implementar projetos de inovação educacional para levar melhorias à saúde da população

Guilherme Rodrigues Barbosa, do Departamento de Fisioterapia, Marina Rodrigues Barbosa, do Departamento de Educação em Saúde e Giselle de Carvalho Brito, do Departamento de Farmácia, participaram em Fortaleza - Ceará da 11ª edição do Programa de Desenvolvimento Docente, promovido pelo Instituto Regional FAIMER Brasil (http://brasil.faimerfri.org/), em fevereiro deste ano. A participação no programa visa contribuir com os docentes de cursos de graduação da área da saúde a realizarem projetos de inovação educacional institucional, relacionados às políticas públicas de saúde e à melhoria da saúde da população.

O Programa FAIMER Brasil é certificado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Ceará – UFC como especialização latu sensu. A UFC é a instituição que garante apoio administrativo ao Programa e que firmou termo de cooperação com a FAIMER. Os candidatos são selecionados anualmente por meio da avaliação do currículo e do projeto de inovação educacional submetido. A duração do programa é de dois anos. Consiste em duas sessões presenciais duas sessões à distância. As sessões presenciais são realizadas de forma intensiva em imersão, por cerca de 12 dias e as sessões à distância são desenvolvidas pela plataforma Moodle, com duração de 11 meses cada.

O Instituto FAIMER Brasil é patrocinado pela Foundation for Advancement of International Medical Education and Research (FAIMER), que é uma organização sem fins lucrativos da Educational Commission for Foreign Medical Graduates (ECFMG), sediada na Filadélfia- Pensilvânia (EUA). No Brasil tem o financiamento da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), uma secretaria do Ministério da Saúde. De acordo com o site do programa são abordados temas de educação, liderança e scholarship, voltados à realidade brasileira, com ênfase no desenvolvimento de uma rede de educadores em saúde. Não há taxa de inscrição ou de participação no curso, as despesas com hospedagem e alimentação nas sessões presenciais são financiadas pelo Ministério da Saúde (MS), em contrapartida as despesas com transporte para Fortaleza e os custos de desenvolvimento do projeto de inovação devem ser devem ser custeados pela instituição do docente.

Potencialidades pedagógicas do trabalho docente

Atual chefe da Divisão Pedagógica do Campus de Lagarto, a professora Marina Rodrigues Barbosa tem como projeto o Programa de Desenvolvimento Docente. Ela afirmou que o evento ajudou a perceber as potencialidades pedagógicas do trabalho docente voltadas à comunidade, por meio do processo de ensino e aprendizagem dos alunos. “Foi uma experiência muito boa no sentido de fortalecer minhas ideias e visualizar potencialidades que enquanto docente lotada na minha instituição posso contribuir com o desenvolvimento do perfil do egresso”, avalia.

A Professora explica que a próxima etapa será colocar as ideias de forma prática “para que isso se reflita de fato em mudanças institucionais para fortalecer o fazer docente”.

O Ensino da Saúde mental e os cuidados farmacêuticos

Autora de projeto de intervenção na área de Promoção da Saúde Mental por meio dos cuidados farmacêuticos, a professora de Práticas de Ensino Farmacêutico na Comunidade (PEFC) do curso de Farmácia, Giselle de Carvalho Brito, explica que voltar à sessão presencial foi um desafio pois teve a oportunidade de observar os avanços e aprendizados no desenvolvimento dos projetos. “Me enxergar nesse processo avaliativo e ver as dificuldades que a gente passou, principalmente porque meu projeto está inserido dentro da comunidade”, revela.

A docente constatou que a execução do projeto pode ficar comprometida quando não são construídos vínculos efetivos. “Sejam eles com a Secretaria Municipal de Saúde, com os colegas de departamento, tudo isso pode causar fragilidade na execução desse projeto”, explica.

“A gente vem de uma instituição pautada em Metodologias Ativas e há uma exigência de formação constante que dê subsídios para a prática docente”, avalia a professora Giselle. Ela ressalta a potencialidade da união com os outros docentes do Campus participantes do FAIMER para “entrelaçar essas ideias tanto do Campus quanto dos projetos que os colegas estão desenvolvendo”.


Da esquerda para direita: Professores Marina Rodrigues Barbosa, Guilherme Rodrigues Barbosa e Giselle de Carvalho Brito
Da esquerda para direita: Professores Marina Rodrigues Barbosa, Guilherme Rodrigues Barbosa e Giselle de Carvalho Brito

Módulo de educação interprofissional

Com o objetivo de construir um módulo de educação interprofissional para os estudantes dos 8 cursos de graduação do Campus de Lagarto, o professor Guilherme Rodrigues Barbosa afirma que o compromisso como participante do Programa FAIMER é dar um retorno direto tanto para a comunidade universitária quanto para a comunidade lagartense como um todo.

“Esse é um compromisso que o Programa FAIMER exige a todo instante: que a gente desenvolva esse projeto de inovação educacional muito alinhado com as necessidades de saúde locais”, conta.

O professor Guilherme ressalta que a intenção dos três professores atualmente envolvidos é articular os três projetos para que possa potencializar as consequências favoráveis no município de Lagarto-SE.

Em relação ao projeto de Interprofissionalidade, ele destaca que a finalidade é possibilitar aos estudantes que tenham uma experiência de trabalhar em equipe e desenvolver práticas colaborativas numa fase mais avançada do curso.

Quando eles forem profissionais, argumenta o professor, eles terão essa habilidade de trabalhar em equipe, de conhecer o que as outras profissões fazem e construir juntos projetos terapêuticos singulares mais alinhados às necessidades de saúde da população.

“A longo prazo a meta que a gente pretende alcançar é uma saúde à população mais integral, que atenda de forma mais ampla as necessidades de saúde da população lagartense”, explica.


Atualizado em: Seg, 13 de março de 2017, 09:57
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