A valorização e o reconhecimento da cultura tradicional podem ser aliados importantes da saúde mental. Pensando nisso, a Liga Acadêmica de Saúde Mental, Inclusão e Cidadania da População Quilombola e outras Comunidades Tradicionais (Lasmic), do Departamento de Terapia Ocupacional, realizou visita técnica em casa de farinha no povoado Santo Antônio, em Lagarto. A Liga é formada por discentes dos cursos de Farmácia e Terapia Ocupacional, do campus Lagarto.
A professora Rita Barcellos acredita que a visita técnica é também uma forma de valorizar o saber popular. “Esse conhecimento sobre a mandioca é uma coisa que está tão presente no cotidiano deles que muitas vezes não recebe o devido reconhecimento. Por isso, nossa ideia é monitorar e contabilizar as casas de farinha daqui de Lagarto. É importante preservar essa memória e esse saber que é tão próprio do Nordeste”, ponta a docente.
As atividades das casas de farinha são, normalmente, realizadas de forma familiar. Entender um pouco mais desse processo foi um dos objetivos do presidente da Liga, o discente do segundo ciclo de Farmácia, Fábio Henrique de Souza. “Muitas vezes, a gente compra a farinha na feira e nem sabe o processo, a história que existe por trás daquele produto. A visita foi muito gratificante nesse sentido, pois pudemos entender todo o processo, desde o plantio. Além disso, vejo também como uma oportunidade de prestarmos uma assistência à saúde mental da comunidade”, avalia. A atividade foi realizada no dia 27 de outubro.
Ana Laura Farias
Campus Lagarto