Sex, 11 de agosto de 2023, 12:56

Roda de leitura na Bilag discute autoras negras
Ação foi realizda em alusão ao Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha
Ação foi realizada na Bilag. Imagens: Arquivo pessoal
Ação foi realizada na Bilag. Imagens: Arquivo pessoal

Além de contar histórias, a literatura pode aproximar pessoas, compartilhar dores e vivências, além de servir como estímulo ao diálogo, além de fomentar a discussão sobre questões sociais. O evento em alusão ao Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e à campanha Julho das Pretas, organizado pela Biblioteca de Lagarto em parcerias com discentes, foi realizado na última sexta-feira (4) e pediu que cada um dos participantes levasse um livro de uma autora negra.

A iniciativa faz parte de um esforço da Biblioteca de fomentar a produção científica sobre a saúde da população negra, além de estimular o contato com mais pesquisadores e autores negros. “O nosso desejo é motivar o hábito da leitura, pois na Universidade existem dois elementos fundamentais para os discentes: a pesquisa e a leitura. Além disso, as metodologias ativas pedem criticidade”, avalia a chefe da Bialg, Bárbara Barcellos.

A discente Brenda Gomes, caloura do curso de Medicina, acredita que iniciativas como a roda de leitura são essenciais dentro da Universidade. “É muito importante que a gente possa se expressar racialmente. Em muitos ambientes, eu olho ao redor e não vejo pessoas iguais a mim. No evento, pude perceber que outras pessoas têm uma história parecida, já passaram por situações semelhantes”, observa. Brenda participou com o livro “Insubmissas Lágrimas de Mulheres”, de Conceição Evaristo.


Mediação foi realizada por discentes, chefe da Bilag e poetisa
Mediação foi realizada por discentes, chefe da Bilag e poetisa

O discente Luis Souza, do curso de Farmácia, também aprovou a iniciativa. “Eu fiquei sabendo pelas redes sociais e fui atrás, acho importante participar. Foi muita rica essa troca de experiências”, avalia.

A poetisa Lúcia Veira, de Lagarto, participou da mediação do encontro e destacou a relevância da ação. “Se eu tivesse tido esse tipo de conversa quando era mais nova, teria me poupado de muitas coisas. Eu queria muito ter tido esses momentos, mas nunca tive. É uma oportunidade de ter o acolhimento das outras pessoas, isso é muito importante. No meu caso, foi a arte que me manteve firme”, observa.

No último mês de julho, a Bilag promoveu capacitação em escola de Lagarto sobre literatura afro e sua utilização em sala de aula.

Ana Laura Farias - Campus Lagarto


Atualizado em: Seg, 14 de agosto de 2023, 16:32
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